Pesquisar este blog

sábado, 17 de setembro de 2016

Fazendo as malas...


Acordo cedo. Dia de fazer a mala.
Toda ida vem seguida de uma vinda.
Às vezes, a saudade agride, não cala.
Lembro do dia que parti, ainda.

A mala é pequena, não cabe tudo.
A mala é grande, sobra espaço.
Meu coração tá calado. Ficou mudo.
Agora já não sei o que faço.

Toda ida é sinônimo de despedida.
Segredos deixados. E palavras ditas.
Conversas usadas e jogadas fora.

Chegou a hora de partir. Ir embora.
Sensações. Nostalgias esquisitas.
Assim é a estrada da vida.

Con-sen-so?



 Sem amor.
Sem vontade.
Sem calor.
Com maldade.

Sem respeito.
Sem carinho.
Sem jeito.
Com espinho.

Sem esperança.
Sem não.
Sem dança.
Com atuação.

Sem ideia.
Sem amigo.
Sem plateia.
Com-igo.

Sem destino.
Sem dono.
Sem hino.
Com sono.

Sem paz.
Sem segredo.
Sem “tanto faz”.
Com medo.

Sem ódio.
Sem rancor.
Sem pódio.
Com amor.

Sem esperar.
Sem frieza.
Sem reclamar.
Com certeza.

Sem desistir.
Sem decepção.
Sem partir.
Com emoção.

Sem perder.
Sem despedida.
Sem entristecer.
Com vida.

Sem solidão.
Sem cansaço.
Sem não.
Com abraço.

Sem choro.
Sem fim.
Sem ouro.
Com sim.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Esperando mudança



Acordo tarde, mas ainda está cedo.
Olho para o lado. Não vejo ninguém.
O dia parece noite. Isto me dá medo.
Meus pensamentos chegaram. Tô refém.

Procuro ânimo, mas ele tá com a alegria.
Tento fazer algo divertido. Ocupar a mente.
Fugir de mim. Desta complexa agonia.
Sinto-me inválido, mesmo sem estar doente.

A noite chega vestida com sua cor natural.
Eu, vestido com minhas roupas velhas, olho o celular.
Ninguém pergunta por que estou tão mal.

Até os que muitos sabem, não conseguem notar.
Espero alguém me ligar, mas só olho a hora.
Em breve estarei bem, só não entendo a demora.