Pesquisar este blog

sábado, 31 de janeiro de 2015

Batalha

Depois de tanta ansiedade,
Chegou enfim o grande dia,
O resultado do vestibular 2011,
No dia 21 de janeiro sairia,
Eram vários sentimentos:
Tristeza, medo, decepção, alegria...

Felicidade para aqueles
Que seus nomes constavam na lista,
Força para quem não tinha,
Que do vestibular não desista,
Chegará a vez de todos,
Continue sendo otimista.

Os cinquenta matemáticos
Tinham o sorriso no rosto,
Passaram numa Federal,
Muitos queriam seu posto,
Pensar que seria fácil:
Isto nunca foi suposto.

No dia 03 de fevereiro,
Era hora de pisar na UFAL,
Primeiro para fazer a matrícula,
Se acostumar com o local,
Perceber como funciona
E vê se tinha gente legal.

O dia 14 chegou!!
Hora de iniciar a jornada,
Conhecer todos os colegas,
Que estarão na mesma caminhada,
Ajudando uns aos outros
Nos obstáculos da estrada.

Fomos levados a uma sala,
Para a nossa recepção,
Média sete num teste surpresa
Afligiu o coração,
Mas logo percebemos
Que tudo era uma armação. 

O pessoal do CALMA
Queria nos dar um susto,
Cássia, falsa caloura,
Queria processá-los a todo custo,
Até o Moreno se passou por aluno,
Isto foi meio injusto.

Depois da confusão,
Fomos conhecer o lugar,
Juntos com os veteranos,
Que faziam questão de nos mostrar,
Sempre muito atenciosos,
Com eles poderíamos contar.

Início de período...
O povo ainda estava separado,
Cada um procurou um grupo,
Que já havia se formado,
Havendo conversas
Somente com o do lado.

Com a chegada dos trabalhos,
Houve maior aproximação,
Mas não foi o suficiente,
Faltava comunicação,
E o período terminou,
Alguns desistiram da graduação.

Então o período acabou
Com a turma ainda afastada,
A primeira grande batalha
Já havia sido ganhada,
Força para gente
Não desistir na jornada.

Outro período começa!
Todos na maior empolgação,
Faltava menos tempo
Para a nossa formação.
De cada um dos colegas
Já tínhamos uma noção.

E o segundo período serviu
Para nos aproximar,
Ganhando muitos amigos,
Até com quem nunca iríamos falar,
Uma grande família
Estava a se formar.

Terceiro período se aproxima,
Hora de ver Matemática,
Quebrar a cabeça,
Juntar teoria e prática,
Pena que nesse meio
Teve uma greve trágica.

Seis meses de férias
Numa greve desgraçada,
Dava até desespero,
Ela estava demorada.
Infelizmente...
A UFAL será trancada?

Enfim voltamos a estudar...
Espero que greve não ocorra mais,
Perdemos muito tempo,
Que foi deixado pra trás,
Além do calendário acadêmico
Ter se atrasado demais.
  
Entre tantas coisas chatas
Nem tudo era assim,
Passei na seleção do PIBID,
Era importante para mim,
Era uma bolsa de estudos
Que muitos estavam a fim.

Retornando as aulas...
A greve era o assunto do momento,
Para alguns que estavam lá,
O presídio era um tormento,
Eu mesmo não tinha
Este tipo de pensamento.

Desistência e reopção
Fizeram nossa turma diminuir,
Mesmo com menos alunos,
Nós não iríamos desistir,
Tínhamos que ganhar os desafios
Que ainda estavam por vir.

Já tinha se tornado uma família
Toda aquela gente.
Quarto período chegou,
Mais batalha pela frente,
A qual iríamos vencer,
Para saber não precisa ser vidente.

Já chegamos ao fim,
Hora de continuar a história,
Os fatos mais marcantes
Vão continuar na memória:
“Dias vividos,
Momentos de glória.”

Quinto período começa
E com ele o estágio também.
Procuramos escolas por perto,
Mas por perto nada tem.
É o jeito estagiar longe,
Não tá fácil pra ninguém.

Já somos amigos de todos,
Assuntos agora não faltam.
Alguns falam mais do que outros,
De mais coisas tratam:
Desde aquelas mais felizes,
Até aquelas que nos maltratam.

As disciplinas puxam um pouco,
Mas não é motivo para se abalar.
Já passamos da metade,
Agora vamos terminar,
Cedo ou tarde,
Iremos nos formar.

Sexto e sétimo período passam,
Nossa turma ainda está forte.
Batalhamos muito, dia e noite,
Não contamos só com a sorte.
No estágio rezamos
Para que cada aluno se comporte.

O oitavo período chega.
Passou rápido? Nem tanto!
Chegar até este ponto,
Para mim é um espanto.
Ganhamos muito nestes quatro anos.
Me diga, quanto??

Ganhamos amizades sinceras,
Que levaremos por toda vida.
Dos amigos sentiremos saudades,
Na hora da despedida.
Deixaremos uma parte de nós,
A qual não deve ser esquecida.

Aprendemos a Matemática
Diferente da do médio
Aprendemos coisas diferentes,
Mesmo nos momentos de tédio
Fazermos coisas diferentes,
Pode ser um bom remédio.

Tem algo que atormenta,
Desde o período passado,
Tentamos nos livrar,
Mas parece que ele está colado.
Aonde quer que vá,
Ele estará do nosso lado.

Já descobriu o que é?
Vou dar só uma dica.
Se não apresentá-lo,
Na graduação fica.
E por causa dele, alguns,
O tempo de graduação estica.
  
Agora ficou fácil
Vocês já devem saber
É o temido, é o famoso,
É o danado do TCC,
Que antes de conclui-lo
Você conhecerá a abnt.

Agora lembrei do dia
Da minha apresentação,
Todo mundo chorando,
Entendo, foi a emoção,
Um ponto forte de nossa turma
É a parceria e a união.

Viagens, sorvetes e resenhas
São marcas registradas.
Nos lembraremos daqui a anos,
Quando seguirmos outras estradas,
Provavelmente em rumos distintos,
Em novas caminhadas.

Não contarei os últimos episódios,
Estarei um pouco distante.
Nosso contato diminuirá,
Cada vez menos constante.
Deixo alguém com a missão
De me contar a história restante.

O que contei aqui foi algo simples
E sob meu ponto de vista.
Estou longe de escrever bem,
De ser como um grande artista.
Agradeço a todos
Por estarem comigo nesta conquista.

Peço agora licença,
Para de alguns amigos falar,
Caso não se interesse,
As próximas estrofes pode pular,
Sem mais delongas,
Bora logo começar.

Iniciarei por alguém
Por quem tenho enorme admiração,
Ela diz que é minha fã,
Mas não é só assim não.
Também sou seu fã, Ediene,
Por tanta determinação.
Você é batalhadora,
Tem bondade no coração,
Creio que todos pensem assim,
Isso é uma constatação.

Mariana é uma pessoa legal
Da mente muito poluída,
Falo uma frase séria,
Ela entende invertida,
Com ela por perto
A risada está garantida.

Da menina dos olhos bonitos
Eu não poderia esquecer,
Quase não gosta de foto,
Isto não dá para esconder.
É você mesmo, Marciely,
Estou falando de você!

O que dizer do número 1?
Ele é um bom amigo.
Ele é muito inteligente
Tenha certeza no que lhe digo.
Audenir já tá cansado,
De ser confundido comigo,

Paula, a menina dos cachinhos,
Sempre muito atenciosa,
Se alguém lhe irrita,
Logo fica nervosa,
O certo que ela é
Uma pessoa muito bondosa.

Falar com a Jane
É resenha na certa,
Tem sempre algo para contar,
Ela tem uma mente aberta,
Sempre com boas piadas,
Ela também é muito esperta.

Falta falar de alguém
Que quase nunca reclama,
Raul, amigo ou gênio
É assim que ele se chama,
Com sua inteligência
Em breve alcança a fama.

Tem ainda o Jarbas,
Que às vezes está presente.
Não o conheço muito,
Mas sei que é boa gente.
Não esqueça de vencer
Os desafios pela frente.

A Atamara é legal
E também muito divertida.
Ela sabe muito bem
Que por muitos ela é querida.
De coração, desejo para você,
As melhores coisas da vida.

O Bruno era meio chato,
Mas agora não penso assim.
Ele é muito resenheiro
E já fez alguns favores para mim,
Inda bem que mudei de opinião,
Antes de chegar ao fim.

Eu não podia deixar de falar
Dos caras do fundão,
Sempre que preciso,
Cada um estende a mão.
Tem o Jean de Olho D’água,
Mas conhecido como ricão.
O Ailton que chegou depois
E fez parte da União.
Uma tarefa difícil
É fazer o Alex mudar de opinião.
Estudar com Tiago, Erandes e André
Foi uma grande satisfação.
Tem ainda o Marlos e o José
Que aparecem às vezes sim e às vezes não.
Além da Luci e da Rosa
Que estudaram conosco na graduação.


Não tinha contato com Jacielma,
Apenas oi, boa tarde ou tchau,
Depois ela se mostrou bacana,
Ela é mesmo muito legal.
Ri tanto das piadas da Jane,
Que chega a passar mal.

Falou em passeio?
Coloque o nome da Érica na frente.
Nunca vi alguém viajar tanto,
Conhecer tantos lugares e tanta gente.
Desconfio que ela conhece
Até o antigo presidente.

Viviane é muito calma,
Não gosta muito de reclamar.
Sua garra, determinação e bondade
São coisas de se invejar.
Sempre olhe para adiante, vivi,
Seus objetivos você vai alcançar.

Tem também a galega de ouro,
Que é muito inteligente,
O nome dela é Eliandra,
Quando preciso se faz presente,
Querida por muitos,
Disto ela está ciente.

Pessoa muito querida,
És muito sorridente.
Gosto de vê-la, sempre:
Feliz, alegre e contente.
Seu nome é kris,
Ela é muito competente.

Mariclecia é bem calma
E também educada,
Muito estudiosa,
A achava meio calada,
Sorri um pouco,
Quando falo uma piada.

O nome dela é Taize,
Com ela não revide!!
Pessoa muito culta
Companheira de PIBID.
Ela argumenta muito bem,
Disso não duvide.

Pessoa que eu quero o bem
Que é muito especial,
Gosta de arengar comigo
Acho isso até legal,
Isto faz sentido?
Sei lá, não sei se é normal.
A linda Janiely sabe
Que eu a acho sensacional.

Era isto, pessoal!!


31 de maio de 2013 e 18 de dezembro de 2014

Aprovado no concurso do estado

Parecia um dia normal: acordar cedo, tomar banho, ir para faculdade e fazer coisas anteriormente planejadas, ou não.
Só parecia, pois era dia de sair o resultado de um concurso que eu já tinha sido eliminado (supostamente). Estava 99% eliminado e tinha 1% de fé.
Concentrado, pensando numa questão...
- Saiu o resultado!!
Arrasto a cadeira, fazendo um enorme barulho, que espantou todos. Foi até engraçado.
Corro ver a lista, acho que nem sei o que pensei, ansiedade demais.
Dizem que um segundo é pouco, mas foi suficiente para eu ir da tristeza, ao ver que um nome com a letra E já tinha aparecido, a alegria, quando consegui ver meu nome.
Não lembro o que disse, a felicidade era imensa. Olho para os lados e minha alegria só aumenta ao ver que meus amigos estavam felizes por mim, eles não disseram isso, inicialmente, não com palavras, mas sim, com a linguagem facial, essa, sem dúvida, é a mais importante.
Fiquei sem ação e sem acreditar, pois havia conseguido algo que há alguns anos atrás parecia impossível para um jovem agricultor que nasceu no fim mundo.  Algumas lágrimas, tímidas e de felicidades, compareceram nesse momento, junto a elas tinha um sorriso que poderia contagiar a quilômetros, esse perdurou por um longo tempo.
Se fosse definir essa conquista, eu diria:
-É o topo do meu sucesso visto no passado e é o degrau intermediário (um pouco longe do topo) que consigo ver no presente.
E o dia foi assim: só alegria.
Ainda faltava uma parte importantíssima, contar ao meu pai e a minha mãe, só de imaginar a alegria deles, meus olhos enchiam de lágrimas. E foi exatamente, quase, como havia pensado: eu falando a boa nova, eles ficando surpresos e ao mesmo tempo com o sorriso no rosto, como se fosse consequência única e imediata.
Eles finalmente estavam orgulhosos de mim e felizes por mim!
Esse realmente será um dia para ficar na memória.
Infelizmente não pude exercer, mas isto é detalhe, isto não tira o mérito de minha conquista e provavelmente outras oportunidades virão.

Djair Paulino

07/02/14 e 31/01/15